Inovar ainda é um desafio para muitas micro e pequenas indústrias (MPEs) brasileiras, que enfrentam barreiras como acesso restrito a crédito, escassez de mão de obra qualificada e dificuldade de conexão com centros de pesquisa e grandes empresas. Pensando em superar esses obstáculos e fomentar o crescimento dessas empresas, o Parque Tecnológico da Indústria, no Paraná, tem se destacado como um ambiente estratégico de inovação e desenvolvimento.

Com uma infraestrutura moderna e apoio técnico especializado, o Parque Tecnológico oferece às micro e pequenas indústrias acesso a laboratórios equipados, orientação técnica contínua, programas de capacitação e suporte personalizado. Essa estrutura permite que as empresas modernizem seus processos e aumentem sua competitividade, com custos e riscos reduzidos. Desde a sua criação, o Parque já viabilizou mais de R$ 263 milhões em projetos de inovação e se consolidou como um polo que reúne importantes instituições como UniSenai PR, Lactec, Fundação Araucária e o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica. Esse ecossistema colaborativo se apoia em uma forte rede que conecta MPEs a grandes empresas, facilitando sua inserção em cadeias produtivas estratégicas e a abertura de novos mercados.

O aporte da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) foi essencial para o fortalecimento da iniciativa, reforçando o compromisso com a democratização da inovação no setor produtivo. O Parque integra uma rede nacional de mais de 64 parques tecnológicos, que juntos faturam R$ 15,1 bilhões e geram cerca de 75 mil empregos diretos.

Como participar

As micro e pequenas indústrias podem participar do Parque em diferentes formatos, conforme seu grau de maturidade em inovação. A principal porta de entrada é a modalidade "Conectada", ideal para empresas que estão dando os primeiros passos. Nessa modalidade, não é necessário estar fisicamente instalado no Parque. A empresa pode utilizar os laboratórios, coworkings e espaços compartilhados sob demanda, além de contar com um pacote anual de horas técnicas e acesso a jornadas personalizadas de inovação.

A participação se dá por meio da elaboração conjunta de um plano de utilização, que identifica as necessidades da empresa e alinha os recursos disponíveis à sua realidade. Esse plano pode incluir capacitações, curadorias tecnológicas, conexão com potenciais parceiros, fornecedores, universidades e até grandes indústrias em busca de inovação em suas cadeias produtivas.

Principais vantagens

Entre as principais vantagens para as micro e pequenas empresas estão a possibilidade de inovar com menos custo e risco, ao acessar infraestrutura e conhecimento técnico sem a necessidade de grandes investimentos. Compartilhar laboratórios e contar com orientação especializada reduz o risco de erro e os custos envolvidos em novos projetos. As MPEs também ganham acesso a tecnologias e práticas modernas por meio da Rede Senai, instituições de ciência e tecnologia, universidades e especialistas

Outro diferencial é a conexão com grandes empresas e novos mercados, ampliando a chance de atuação como fornecedora em cadeias produtivas mais robustas. O Parque ajuda a mapear competências e promover alianças estratégicas, fortalecendo o posicionamento das pequenas indústrias. Além disso, estar inserido em um ecossistema de inovação impulsiona a visibilidade e a reputação das empresas, facilitando a conquista de novos clientes, parceiros e investidores.

A jornada das empresas também é acompanhada de perto pela equipe técnica do Parque, que oferece assessoria para captar recursos, desenhar projetos, mapear riscos e validar ideias, sempre com foco em resultados práticos. Mesmo empresas fora da capital podem participar, utilizando estruturas físicas da Rede Senai em diferentes regiões do Paraná, o que garante inclusão e capilaridade.

Subsídios de até 90%

Um aspecto importante é o crescimento com sustentabilidade, em alguns casos, os subsídios oferecidos podem chegar a até 90% do valor total dos projetos, especialmente para micro e pequenas empresas, tornando a inovação ainda mais acessível. Um exemplo prático desse potencial está na atuação da Greenpar Tecnologia em Energia Ltda, empresa habitante do Habitat Mobilidade, que participa, em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), de um projeto voltado ao desenvolvimento de eletrodos com grafeno para baterias de íons-lítio.A iniciativa é viabilizada com recursos da Embrapii e do Sebrae, somados à contrapartida da empresa. No arranjo, a Greenpar aporta R$ 54 mil em um projeto de R$ 600 mil.

Outro destaque é a i9+, também residente no Habitat Mobilidade, que integra um projeto estruturante junto ao ISI-EQ, com foco na consolidação do domínio tecnológico da produção de células de baterias de íons-lítio em ambiente pré-industrial. A startup contribui com R$ 5 mil em um projeto de mais de R$ 60 milhões, que envolve a participação de 27 empresas em um modelo robusto de alavancagem colaborativa.

Acesse: https://www.sistemafiep.org.br/parquetecnologico/