Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Estruturas é referência no setor ferroviário brasileiro

CASES22/06/2022
Pesquisadores do Instituto SENAI de Inovação realizam testes em dormentes ferroviários.
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A inovação no setor ferroviário está diretamente ligada ao crescimento econômico brasileiro, pois viabiliza a logística e o escoamento da produção nacional. O novo marco legal do transporte ferroviário, por exemplo, sinaliza o avanço na infraestrutura de transporte do país e aponta a necessidade de investimentos em soluções inovadoras.

Por meio da ferrovia, 40% das commodities agrícolas do Brasil chegam aos portos para exportação. Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), a porcentagem é ainda mais expressiva quando se trata de açúcar – cerca de 60% do total entregue aos portos – e minérios, com aproximadamente 90%.

Pensando nisso, o Sistema Fiep, por meio do Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Estruturas, se antecipa às tendências de mercado e abre caminho para a inovação no setor ferroviário. Com um espaço único no país, as instalações do ISI-EE foram inauguradas em 2019. O espaço conta com certificações de LEED Platinum, de sustentabilidade e eficiência energética.

Na mesma época, o instituto também aprovou projetos importantes para o setor ferroviário, com a Rumo Logística, empresa de transporte ferroviário com sede em Curitiba (PR) e que atua ao longo de 14 mil quilômetros de trilhos por nove estados brasileiros. A parceria surgiu por meio da Aliança Industrial, uma iniciativa do Senai nacional para melhorar a competitividade da indústria brasileira.

 “A inovação não é, somente, uma ciência de foguetes. Ela também viaja sobre trilhos”, observa o Pietro Rafael Ferreira, especialista em inovação do Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Estrutura. Entre os projetos finalizados recentemente com a Rumo Logística, está o desenvolvimento de dormentes ferroviários - peças que servem para sustentação dos trilhos de trem. Os materiais utilizados são inovadores, com o uso de nanopartículas cerâmicas, resíduos da indústria moveleira e do processo de fundição, aplicados em dormentes feitos de concreto e de polímeros plásticos. Neste processo também está envolvida a Metalúrgica Riosulense e as empresas paranaenses, Caemmun Movelaria e Next Chemical.

Todas as soluções desenvolvidas pelo ISI-EE passam pelas suas principais áreas de pesquisa em Estruturas Inteligentes, Estruturas Sustentáveis e Durabilidade de Estruturas, que compõem os temas transversais de pesquisa e inovação desenvolvidos pelo Instituto. A infraestrutura de ponta do ISI é reforçada pela equipe de pesquisadores, mestres e doutores, que trabalham na fronteira do conhecimento entre o que há de mais atual em termos de inovação no Brasil e no mundo.