Adler Souza já foi aluno do Senai; o pesquisador do ISI-EQ fez seu primeiro curso aos 14 anos

CASES14/10/2022
Conheça a história do pesquisador que atua no Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica.
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Uma relação que começou em 1989, aos 14 anos. É assim que começamos a contar a história de Adler de Souza, pesquisador do Instituto de Inovação em Eletroquímica, que ainda jovem ingressou no curso profissionalizante "modelador de fundição", na Escola Senai Professor João Baptista Salles da Silva na cidade de Americana, em São Paulo. O conhecimento adquirido ao longo curso, permitiu que mais à frente, o então estudante pudesse definir qual área acadêmica seguiria. Optou por em Engenharia Química no campus da Universidade Metodista de Piracicaba, unidade em Santa Barbara D' Oeste.

Ainda na graduação, Adler participou de um programa de estágio supervisionado via CIEE – Centro de Interação Empresa-Escola, na empresa Ionpack Comercio e Serviços em Tratamento de Água, onde um tutor profissional apresentou diversas áreas da engenharia e à pesquisa aplicada dentro da empresa. 

Após este grande aprendizado, retornou a academia, com um desejo enorme de conhecimento, e o tema escolhido foi na área de energia, onde teve a oportunidade de mergulhar profundamente no tema conversão de energia por meio das células a combustível, equipamento este, que converte a energia contido em um combustível (por exemplo Hidrogênio) diretamente em energia elétrica e tendo como subproduto água e calor.

Com todo o conhecimento adquirido, Adler fui convidado pelo CEO da empresa Ionpack, a contribuir na criação de uma empresa nacional de célula a combustível, mas agora como parte desta empresa, sendo sócio-fundador  juntamente com outros três ex-integrantes e assim surgiu a NOVOCELL Sistemas de Energia SA com um grande aporte de um venture-capture “anjo” para este projeto.

“Mais uma vez, fazendo parte de um grande time e liderados pelo mesmo tutor e sócio, pudemos contribuir um pouco para o desenvolvimento nacional desta tecnologia. Longos anos de constante aprendizado, aplicando cada dia, em cada projeto, todas as informações adquiridas e ao término desta grande etapa (2004-2015) e uma pequena janela vislumbrando outras atividades, um novo ciclo profissional foi iniciado com o Senai, agora no Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica”, relembra animado.

Para o pesquisador estar na equipe do ISI-EQ é motivo de comemoração. “Como sinto orgulho de atuar neste instituto e nesta área da ciência, onde constantemente a cada conversa com empresas, diferentes assuntos são abordados e todos eles correlacionados com diferentes atividades e experiência adquiridas nesta trajetória, atuando com outros profissionais, com trocas constantes de conhecimento, inovando não só em técnicas específicas à alguma etapa de projeto, mas também construindo uma ambiente e um ecossistema de integração-inovação, focando em tornar a indústria brasileira mais competitiva, retornando assim benefícios a sociedade, gerando novos empregos e novas oportunidades, abrindo as novas tecnologias aos nossos estudantes a fim de manter a roda de aprendizado em constante evolução”, finaliza.

Dentre os diversos projetos executados no ISI-EQ em que atuou, é possível citar três que envolvem alto grau de tecnologia e importância para a indústria nacional:

a) baterias de próxima geração -  lítio-ar com eletrólito cerâmico - protótipo operacional executado dentro do projeto, tecnologia esta que possui o potencial em torno de 8 vezes mais energia que a tecnologia convencional de baterias de íons lítio, no entanto, ainda são enormes os desafios técnicos para torná-la cotidiana;

b) Incorporação de Nióbio em material catódico para baterias de lítio aumentando o tempo de vida destas baterias e instalação e operação de planta piloto de baterias de íons lítio tipo pouch cell. Neste projeto além da inovação no desenvolvimento da síntese do material, temos também uma planta piloto que permitirá a qualquer indústria da área de baterias, preparar e avaliar protótipos com os seus respectivos materiais nacionais (podendo ou não desenvolvê-los conosco); 

c) desenvolvimento de baterias toda em estado sólido, isto é, sem o eletrólito líquido o qual é inflamável e contaminante do meio ambiente em caso de acidentes ou descarte incorreto, tornando assim as baterias mais seguras, com maior densidade de energia e potencial de carga rápida. Neste projeto, já apresentamos um protótipo funcional com excelente desempenho.

Assim, passaram cinco anos atuando como pesquisador nestes projetos estratégicos no ISI-EQ, na área de Smart Energy. “Espero contribuir ainda mais tanto para o time, para a instituição, bem como para nossas Industrias e principalmente contribuindo com retorno a sociedade. E o que mais posso comentar aos nossos colegas que estão iniciando seus treinamentos, seja em qual nível for (técnico, graduando, graduados ou pós-graduados) é que todo conhecimento adquirido nunca é perdido e constantemente podemos aplicá-lo em qualquer momento de nossa vida profissional”, enfatiza.