O Parque Tecnológico da Indústria, em Curitiba, foi palco do lançamento do processo de construção do Help Desk de Financiamento Climático, iniciativa da Gaia Silva Gaede Advogados, empresa conectada ao ecossistema do parque. A partir de agora, a proposta começa a ser estruturada para aproximar indústrias, governo e investidores de recursos nacionais e internacionais destinados a projetos de sustentabilidade, descarbonização e infraestrutura resiliente.

Além de marcar o início desse trabalho, a iniciativa será desenvolvida para funcionar como ponto de apoio estratégico para empresas que buscam capital verde. O projeto também terá visibilidade global: será apresentado na COP30, no Brasil, como exemplo de inovação climática vinda do Paraná.

Capital catalítico e impacto global

O sócio da Gaia Silva Gaede Advogados, Rodrigo Sluminsky, explicou que o projeto nasceu da necessidade de viabilizar iniciativas de descarbonização que nem sempre encontram espaço no crédito tradicional.

“O financiamento climático, ou capital catalítico, abre espaço para soluções inovadoras que podem escalar rapidamente. Nosso papel é unir as duas pontas: empresas e indústrias que querem acessar esses recursos e financiadores que buscam investir em bons negócios.”

Para ele, a presença na COP30 reforça a relevância internacional da proposta:

“Será uma oportunidade única de aproximar o discurso das negociações multilaterais da realidade brasileira. Com essa iniciativa, o Paraná pode se consolidar como protagonista em inovação climática.”

Debate com governo e setor financeiro

O evento contou também com um debate que reuniu Paulo César Starke Jr., superintendente do BRDE para Paraná e Mato Grosso do Sul, e Rafael Andreguetto, diretor de Políticas Ambientais da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná e diretor do Patrimônio Natural do Instituto Água e Terra.

Starke destacou os benefícios para as pequenas e médias indústrias. “O modelo de financiamento climático pode beneficiar especialmente as PMEs, que já vêm incorporando a sustentabilidade em seus processos. O BRDE atua para trazer recursos de longo prazo, com custos mais acessíveis, de fontes nacionais e internacionais, ampliando a competitividade e abrindo novos mercados.”

Já Andreguetto reforçou o papel da inovação em ambientes como o Parque Tecnológico. “Esperamos que iniciativas em ecossistemas de inovação consolidem um processo contínuo de enfrentamento às mudanças climáticas. O mais transformador é quando conseguimos simplificar processos e rotinas, incorporando inovação ao dia a dia da sociedade.”

Conexão com os ODS

O Help Desk de Financiamento Climático também está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com impacto direto em metas como energia limpa e acessível (ODS 7), indústria, inovação e infraestrutura (ODS 9), cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11) e ação contra a mudança global do clima (ODS 13).

Papel do Parque Tecnológico da Indústria

O lançamento reforça a vocação do Parque Tecnológico da Indústria como espaço que conecta empresas e parceiros à agenda da sustentabilidade.

“O Parque Tecnológico da Indústria é uma iniciativa que abrange todos os setores industriais e tem como vocação ser um grande conector. Aqui, no habitat de mobilidade, o foco é a sustentabilidade e a infraestrutura resiliente. Nosso papel é apoiar e impulsionar empresas e parceiros que tragam soluções inovadoras para a indústria e para a sociedade”, afirmou Fabiano Scheer Hainosz, gerente sênior de Tecnologia e Inovação do Senai Paraná.

Presença institucional

O evento de lançamento contou ainda com a presença do Dr. Henrique Gaede, sócio fundador da Gaia Silva Gaede Advogados e responsável pela unidade de Curitiba. O escritório mantém presença estratégica em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Madrid, atuando em mais de dez áreas do Direito e em diversos setores da economia.