Projeto do ISI-EQ, Petrobras e CNPEM chega à final do maior evento de energia do país
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O Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), em parceria com a Petrobras e o CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), está entre os finalistas do Energy Summit Awards na categoria Academic Research, promovida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A cerimônia de premiação será realizada no dia 24 de junho, durante o Energy Summit, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, um dos maiores eventos do Brasil voltado à transição energética, inovação e sustentabilidade.
O reconhecimento veio com o desenvolvimento de um sistema portátil de inibidor de incrustação, que promete transformar a forma como a indústria de petróleo controla o uso de produtos químicos em dutos de extração. A proposta nasceu de um desafio prático da Petrobras: como medir, em tempo real e com precisão, a eficácia dos produtos utilizados para evitar o acúmulo de resíduos nos dutos, sem precisar superdosar substâncias químicas que impactam o meio ambiente e aumentam os custos operacionais.
Tecnologia eletroquímica
A resposta veio por meio da tecnologia eletroquímica. Porém, a técnica tradicional não conseguia detectar diretamente o fosfonato – composto químico mais comum nesse tipo de aplicação. A solução foi uma metodologia inédita desenvolvida pelo CNPEM para tornar o composto "visível" às análises eletroquímicas. Coube ao ISI-EQ transformar essa inovação em um dispositivo funcional, simples e viável para uso direto nas plataformas offshore.
Com o novo sistema, o operador adiciona a amostra a reagentes prontos e, em poucos segundos, o equipamento — do tamanho de uma maleta — fornece dados precisos sobre a concentração de fosfonato. Isso permite um ajuste fino da dosagem do produto, economizando recursos e reduzindo o impacto ambiental nas operações em alto-mar.
A sinergia entre os parceiros foi essencial. Enquanto o CNPEM contribuiu com inovação científica e infraestrutura de ponta, o ISI-EQ trabalhou na engenharia do sistema e na sua aplicação prática, e a Petrobras garantiu a aderência às necessidades reais do campo. Como resultado, o projeto já possui um protótipo funcional testado com amostras reais e integrado com componentes impressos em 3D.