Transformação Digital na Indústria

CASES13/04/2023
Plano de evolução tecnológica traz soluções para cadeia produtiva mais eficiente e conectada
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Muitas empresas ainda trabalham com as informações de forma analógica – muitas vezes anotadas em papéis – o que dificulta o armazenamento, a consulta e a utilização e gerenciamento desses dados. A Transformação Digital aparece como um primeiro passo para a mudança desse cenário. Trata-se do processo pelo qual as empresas empregam a tecnologia para atuarem de forma mais ágil e eficiente por meio do uso de novos recursos, aproveitamento dos dados de forma estratégica e automatização de processos.

A Consultoria em Transformação Digital oferecida pelo Senai Paraná tem ajudado muitas empresas com este plano de evolução tecnológica. Segundo o Coordenador de Tecnologia e Inovação do Habitat Senai, Cicero Gulyas Spartalis, um dos maiores desafios é mudar a forma de pensar da gestão, de analógico para o digital. “No analógico as informações dependem ainda do papel, das anotações dos operadores, de passar tudo isso para um sistema e só no final de um longo período, poder fazer uma análise. No digital, tudo está acessível e em tempo real, permitindo ações também mais rápidas, o que exige mais por parte da gestão, mas que também tem o potencial de alavancar muito a produtividade”, pontua.

 O ponto de partida para dar início ao processo é um diagnóstico de maturidade digital, que mede o quanto a empresa está preparada e quais as principais iniciativas que ela precisa adotar para começar a transformação digital. Uma das ações indicadas pode ser a conectividade no chão-de-fábrica. “Atualmente o Senai Paraná possui uma solução de baixo custo e rápida implementação, na qual por meio de sensoriamento e leitura de dados através de uma plataforma online, é possível acompanhar em tempo real o status de produtividade das máquinas”, explica.

 O serviço de diagnóstico de maturidade digital já está sendo ofertado às indústrias e seus valores variam de acordo ao porte da empresa a ser avaliada.

 Aplicabilidade

A GEMÜ do Brasil, que produz válvulas e outros equipamentos de alta tecnologia para diversos setores, com fábrica em São José dos Pinhais, é uma das parceiras do projeto. Após a realização de um trabalho de eliminação de desperdícios prévios na área de vulcanização, o setor foi diagnosticado como maduro o suficiente para dar o passo da digitalização. Através de um programa piloto do Senai, foi possível instalar sensores e conectar à plataforma online três equipamentos da área, que hoje permitem o acompanhamento da produção em tempo real.

 “Em janeiro, instalamos o dispositivo de medição, ligamos um sensor em cada máquina e, com isso, estamos captando o movimento de cada ciclo de produção. O objetivo é comparar o tempo teórico com o tempo efetivamente realizado. Antes, esse tempo de início e fim da produção era anotado em folha de papel para depois ser inserido no sistema digital. Hoje, é possível inserir os dados automaticamente”, explica o assistente de processos e líder do projeto piloto Tecmüza da GEMÜ do Brasil, Paulo Henrique Tokarski.

O Programa Tecmüza atua no setor de Vulcanização da fábrica da GEMÜ e irá até o final de maio. “Agora em abril, estamos validando e analisando os dados para verificar a confiabilidade do sistema. No futuro, vamos fazer a integração para que a coleta de dados possa ‘conversar’ com todo o nosso sistema fabril”, completa Paulo Henrique.

 Com o processo de Transformação Digital, é possível identificar vantagens em diversos níveis, como produtividade, sustentabilidade e valor de marca. “As empresas ganham em agilidade na tomada de decisões, em confiabilidade dos dados e têm maior transparência nas informações, permitindo também maior autonomia por parte das equipes”, aponta o Coordenador de Tecnologia e Inovação do Habitat Senai, Cicero Gulyas Spartalis. “A transformação digital eleva o patamar da empresa, com um processo mais confiável e digitalizado. Outro ganho é enxergar os pontos de menor eficiência – saber em que momentos de cada turno tivemos menor produção e criar planos de ação para minimizar esses desperdícios”, finaliza Paulo Henrique.