Senai Paraná e Benazzi Engenharia desenvolvem ferramenta que promove maior saúde e segurança na construção civil

CASES30/08/2022
A solução é baseada em de realidade virtual, modelagem em BIM e checagem de conflitos.
Imagem sobre Senai Paraná e Benazzi Engenharia desenvolvem ferramenta que promove maior saúde e segurança na construção civil

O Instituto Senai de Tecnologia em Construção Civil e a Benazzi Engenharia trabalham com projetos em BIM (Building Information Modeling) e utilizam a realidade virtual para auxiliar a visualização e compreensão dos projetos entregues. Por conta dessa expertise, surgiu a ideia de desenvolver de uma ferramenta de gestão de riscos. A solução proporciona a automação da gestão dos riscos dentro de um canteiro de obras promovendo maior saúde e segurança no ambiente da construção civil. A ferramenta é baseada em de Realidade Virtual, Modelagem em BIM e Checagem de Conflitos e foi viabilizada por meio da chamada SesiTech.

Com a ferramenta é possível visualizar o modelo BIM em realidade virtual para identificação e análise dos locais do com risco de queda, rotas de pessoas e máquinas. A identificação e gestão de riscos ainda podem ser adaptadas e atualizadas conforme a etapa da obra. Outro ponto é que é possível ter uma previsão de custos relativos à saúde de segurança do trabalho do canteiro de obras. Na prática, a solução funciona da seguinte forma: os agentes da obra visualizam as informações de riscos e saúde e segurança do trabalho através de aplicativo de realidade virtual em seus dispositivos móveis, celulares e tablets. Já os gestores realizam a alimentação dos dados e análise da SST por meio do sistema automatizado de gestão de riscos.

Falta de segurança

Em muitos canteiros de obras é possível perceber a falta de planejamento com saúde e segurança no trabalho e, como consequência, os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) não estão previstos no orçamento. Assim, acabam gerando custos extras e desperdícios com compra de material, criação de soluções in loco em desacordo com a norma e em alguns casos a falta de EPC’s necessários para a segurança do trabalhador.

Diante desse problema, a ferramenta desenvolvida pela Benazzi Engenharia em parceria com a IST-CC, permite que os riscos do canteiro de obras sejam previstos na fase de projeto promovendo maior saúde e segurança no ambiente da construção civil. “A questão da segurança nos canteiros de obra é antiga e preocupante, mas acreditamos que o planejamento da SST desde a etapa de projeto e inclusão das soluções no orçamento é a solução do problema. A ferramenta desenvolvida e disponibilizada gratuitamente além de possibilitar o orçamento dos equipamentos é uma iniciativa que permite envolver todos os agentes relacionados com a SST na obra, como trabalhadores, responsáveis pela SST e gestores”, explica Karine Coelho Correa, Consultora PDI do Instituto de Tecnologia em Construção Civil.

O processo de projeto de segurança é automatizado de acordo com qualquer fase da obra, podendo ser a fase inicial de escavação, fase de estruturas, fase de vedações de fachada ou qualquer outra. Por fim, ainda possibilita a visualização do modelo 3D com CardBoard VR de realidade Virtual, na qual qualquer agente da construção pode simular se as condições do canteiro de obras ainda oferecem algum risco à sua saúde isso porque o modelo pode retratar fielmente a realidade particular de cada obra analisada.

Parceria de sucesso

O resultado do projeto é a biblioteca de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) desenvolvidos em BIM e o Manual do Usuário que auxilia o uso da ferramenta. Os dois arquivos estão disponíveis gratuitamente no site do Senai Paraná.

“A disponibilização gratuita do material foi uma decisão desde a concepção do projeto, pois sabemos a importância das iniciativas de promoção da saúde e segurança no trabalho na construção civil. Automação se dá no desenvolvimento da biblioteca paramétrica em BIM de objetos de EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva) que possibilitam a criação de um projeto de proteção coletiva de forma automatizada tendo em vista que as plantas, cortes, elevações, quantitativos, 3D, são gerados simultaneamente”, finaliza Karine.