Consórcio:
Empresas do setor moveleiro

CASES03/10/2019 - Atualizado em 11/10/2019
Empresas se uniram ao IST em Madeira e Mobiliário para estudar fenômenos de não conformidade na matéria-prima que afetam qualidade do produto final
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O Instituto Senai de Tecnologia em Madeira e Mobiliário, de Arapongas, formou um consórcio com as empresas Moval, Albatroz Móveis, DJ Móveis, Colibri Móveis, HB Móveis e Madetec Móveis, com o objetivo de estudar e compreender alguns dos fenômenos de não conformidade na qualidade de uma das principais matérias-primas utilizadas na fabricação do mobiliário: os painéis de MDP (Partículas de Média Densidade) e MDF (Fibras de Média Densidade).

Os membros do consórcio são fabricantes de móveis domésticos, em geral considerados móveis retilíneos, de diversos tamanhos e modelos, voltados sobretudo para o público das classes B, C e D. Os móveis são demandados por grandes players do mercado mobiliário de varejo, seguidos de comerciantes com escala menor e, mais recentemente, empresas de e-commerce com revendas sob encomenda.

De acordo com o SIMA – Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas, existem 179 indústrias moveleiras localizadas no município, que geram aproximadamente 12.000 empregos, entre diretos e indiretos. O Polo Moveleiro de Arapongas atinge em torno de 10% de participação no PIB de móveis no Brasil, significando que, a cada 100 peças mobiliárias fabricadas no Brasil, 10 são produzidas em Arapongas. Além disso, o Polo é o maior consumidor de chapas aglomeradas e compensadas do Brasil.

Apesar desta grande quantidade de painéis de madeira reconstituída utilizada, ainda é recorrente o aparecimento de problemas de qualidade nos produtos, ora devido às características das matérias primas ora devido aos processos fabris não totalmente controlados.

O estudo desenvolvido pelo consórcio possibilita a validação de métodos de avaliação de matérias-primas, que têm como propósito reduzir o índice de retrabalhos e re-processos oriundos de serrilhamento e absorção superficial, dentro do ambiente de produção, e que impactam significativamente os resultados das empresas. Para os fornecedores, será uma fonte de informações precisas e seguras, que poderá ser utilizada como feedback para a melhoria do seu próprio processo.

Este projeto foi a primeira iniciativa em que diversas empresas do Polo Moveleiro de Arapongas, mesmo concorrentes diretos entre si, se reuniram para tentar resolver problemas de qualidade que afetam os seus processos industriais e seus produtos.