Com indústria 4.0, aumenta o número de busca por profissionais com novas habilidades

Notícias19/12/2019 - Atualizado em 18/05/2020
Fabrício Lopes, gerente executivo de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep palestrou no Viasoft Connect e falou sobre os desafios da indústria na era digital
Imagem sobre Com indústria 4.0, aumenta o número de busca por profissionais com novas habilidades

Se engana quem pensa que com a indústria 4.0 as pessoas perderão o emprego. Na verdade, algumas profissões podem acabar, mas outras surgem na mesma intensidade. Mesmo com a digitalização dos processos, é necessário que os profissionais se atualizem e busquem novos cursos para suprir as demandas do mercado. “A indústria 4.0 não significa desemprego. Os postos mais mecânicos sim, tendem a acabar, mas por outro lado será necessário ter mais profissionais capazes de interpretar os dados gerados pelos sistemas”, afirma Fabrício Lopes, gerente executivo de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep.

Fabrício foi um dos palestrantes do Viasoft Connect, que ocorreu no dia 10 de setembro, em Curitiba. Ele falou sobre os desafios da indústria na era digital e os impactos da indústria 4.0 nas empresas e na vida do trabalhador. “Com a indústria 4.0 esperamos reduzir os custos da manutenção de equipamentos entre 10% e 40%; reduzir o consumo de energia entre 10% e 20% e aumentar entre 10% e 25% a eficiência do trabalho”.

Para uma indústria cada vez mais tecnológica e inovadora, é preciso investir. “Para ter uma indústria mais inovadora, ter menos dificuldades e diferença social, é preciso investir na educação”. Como exemplo, ele citou o caso do jovem Vinicius Bail, ex-aluno do Senai no Paraná, que desenvolveu uma pulseira com sensor que ajuda deficientes visuais a se locomoverem livremente. Ele foi vencedor do Impulsiona, uma competição realizada pelo Sistema Fiep e, além de receber um investimento de R$ 5 mil para dar continuidade ao projeto, também ganhou uma incubação de 12 meses na Aceleradora Sistema Fiep.

Quem participou do Viasoft Connect também teve a oportunidade de conhecer outros projetos, como os Institutos Senai de Tecnologia (IST) e os Institutos Senai de Inovação (ISI), além da Aceleradora Sistema Fiep, que em oito anos de existência, já graduou 30 startups. “Neste ano, inauguramos aceleradoras em diversas cidades do Paraná, como Pato Branco, Londrina, Maringá, Toledo, Cascavel, Ponta Grossa, Francisco Beltrão e uma segunda unidade em Curitiba, no bairro CIC”, comenta Fabrício. Também foi lançado, em setembro, um hub da Aceleradora Sistema Fiep focado em tecnologias educacionais (Edtechs) com o objetivo de promover uma educação mais inovadora, assertiva e empreendedora.

Para participar do programa de aceleração do Sistema Fiep, as empresas precisam ter um Mínimo Produto Viável (MVP), ou seja, um produto que tenha sua funcionalidade mínima implementada. Também é necessário ter as documentações completas e atualizadas. “As startups podem ficar incubadas por até dois anos. Durante esse período, o Sistema Fiep ajuda a estruturar planos de ação e de negócios, desenvolvimento de portfólio de produtos e serviços, além de levantar potenciais investidores e clientes”, explica Fabrício.